Pra quem ainda não conhece essa sigla, o PIG, ela foi criada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada, significa Partido da Imprensa Golpista.
Os “jornalões” , a televisão dos Marinho e a péssima revista da família Civita não publicam uma só linha sem adaptar os fatos aos seus interesses, vejamos alguns exemplos:
1) A Veja teve os seus bons momentos quando dirigida por Mino Carta, mas hoje é o pior exemplo de jornalismo que existe no país. Nem podemos dizer que ela defende a oposição ao governo, porque ela é a oposição, a mais radical e burra que temos no país. “Colunistas” de aluguel como Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo dão nojo.
Não temos como reduzir as falcatruas da revista num curto espaço, então indicamos a leitura do Dossiê Veja, do jornalista Luis Nassif (clique aqui)
2) Recentemente a Folha publicou um editorial chamando a Ditadura militar brasileira de “DITABRANDA”, numa clara tentativa de reinterpretar a história recente do país segundo seus interesses. Diversos intelectuais escreveram para a Folha indignados e receberam uma resposta pouco educada. Percebendo que o assunto levantava intenso debate, o jornal simplesmente parou de publicar qualquer coisa a respeito, ou seja, tema que não interessa morre.
Não é difícil entender as tentativas da grande imprensa de diminuir a tragédia nacional que foi a ditadura militar, pois a mídia estava diretamente vinculada com a sustentação do golpe e do regime autoritário. Existe até tese de doutorado provando essa relação. (clique aqui)
3) A grande mídia não se contenta em comunicar os fatos, ela os manipula, como por exemplos nos vários casos de denuncias de corrupção nos governos. Quando Roberto Jefferson, em 2005 deu uma entrevista à Folha acusando o governo Lula, a chamada de capa do Jornal foi “PT dava mesada de R$ 30 mil a parlamentares, diz Jefferson". Quando em 2009 a deputada Luciana Genro acusa o Governo PSDB-RS, a chamada é "Sem provas, PSOL acusa tucanos de corrupção no RS", com um grande detalhe, o caso gaúcho saiu numa nota no final da 1ª pagina, não como chamada de capa do jornal.
A questão é ainda mais complicada, o caso gaúcho envolve inclusive um assassinato, Marcelo Cavalcant, ex-assessor de Yeda Crusius, apareceu morto em Brasília. Ele deveria ter uma reunião com o Ministério Público Federal após o Carnaval.
Imaginem o comportamento da mídia se acontecesse algo semelhante com um assessor petista que fosse depor num caso de corrupção.
O que a grande mídia parece não perceber é que seu poder de “formadora de opinião” está cada vez mais reduzido. Leitores de Veja querem saber das frases dos famosos e das fotos de mulheres semi-nuas. Leitores de jornais estão cada vez mais raros, os poucos se interessam pelo caderno de esportes ou o horóscopo. Os telespectador da Globo não se importam com Miriam Porção ou Carlos Sardenberg e suas previsões trágicas, o que importa é que a vida melhorou, a pobreza diminuiu (31% entre 2003 e 2008, segundo o IPEA), e contra os fatos positivos a mídia se cala, (como quando o Jornal Nacional não divulgou a melhora na aprovação do Governo Lula,que está em 84%)
Ah, claro, pra não dizer que não falei nada de carnaval