31 de março de 2009

100 anos do Internacional

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10 minutos finais do mundial


comemoração no Beira Rio


Crônica Luiz Fernando Veríssimo


OOOOOOOOOOOOOO vamo vamo INTER !!! vamo vamo INTER !!!

26 de março de 2009

A ideologia do livre mercado está longe de acabar

Naomi Klein
Do New York Times

Ninguém deve acreditar nas propaladas alegações de que a crise do mercado sinaliza a morte da ideologia de "livre mercado". A ideologia de livre mercado sempre serviu aos interesses do capital, e sua presença vai e volta dependendo de sua utilidade a tais interesses.

Em épocas de prosperidade econômica, é lucrativo pregar o laissez faire, pois um governo ausente permite que bolhas especulativas inflem. Quando essas bolhas estouram, a ideologia se torna um estorvo, e fica inativa enquanto o grande governo lidera o resgate.

Mas tenham certeza: a ideologia voltará com força quando as anistias terminarem. As dívidas massivas que o público está acumulando para anistiar os especuladores se tornarão, então, parte de uma crise orçamentária global que será o pressuposto para cortes profundos em programas sociais e para um empurrão renovado em direção à privatização do que foi deixado do setor público. Também nos dirão que nossas esperanças por um futuro verde são, infelizmente, muito onerosas.

O que não sabemos é como o público irá reagir. Vamos considerar que na América do Norte, todos com idades abaixo dos 40 anos cresceram ouvindo que o governo não pode intervir para melhorar nossas vidas, que o governo é o problema, não a solução, que o laissez faire é a única opção. Agora, de repente estamos vendo um governo extremamente ativista, intensamente intervencionista, que parece estar disposto a fazer qualquer coisa para salvar os investidores deles mesmos.

Este espetáculo levanta, necessariamente, uma questão: se o estado pode intervir para salvar corporações que assumiram riscos impensados nos mercados imobiliários, por que não pode intervir para evitar que milhões de americanos sofram a execução de suas hipotecas?

Seguindo o mesmo raciocínio, se US$170 bilhões podem ser instantaneamente disponibilizados para compra da gigante dos seguros AIG, por que o seguro de saúde individual - que protegeria os cidadãos das práticas predatórias das empresas de seguro-saúde - parece ser um sonho inalcançável? E se cada vez mais corporações precisam dos fundos dos contribuintes para se manter, por que os contribuintes não podem reivindicar algo em troca - como limites de juros em pagamentos executivos ou uma garantia contra mais perdas de empregos?

Agora que ficou claro que os governos podem realmente agir em tempos de crise, será muito mais difícil alegar a impossibilidade de agir no futuro. Outra mudança potencial tem a ver com as esperanças do mercado em relação a futuras privatizações.

Por anos, os bancos de investimento global têm feito lobby entre os políticos para a exploração de dois novos mercados: um que viria da privatização de aposentadorias públicas e outro que surgiria de uma nova onda de estradas, pontes e sistemas hídricos privatizados ou parcialmente privatizados.

Ambos esses sonhos acabaram de se tornar muito mais difíceis de vender: os americanos não mais estão dispostos a confiar seus ativos coletivos e individuais a apostadores imprudentes em Wall Street, especialmente porque parece muito provável que os contribuintes terão que pagar para comprar seus próprios ativos de volta quando a próxima bolha estourar.

Esta crise também poderia ser um catalisador para uma abordagem radicalmente alternativa à regulação de mercados mundiais e sistemas financeiros. Já estamos vendo uma movimentação em direção à "soberania alimentar" no mundo em desenvolvimento, ao invés de deixar o acesso aos alimentos aos caprichos dos negociantes de matérias-primas. Finalmente chegou a hora de considerar idéias como a tributação de negociações, que reduziria a velocidade do investimento especulativo, assim como outros controles do capital global.

Hoje, a nacionalização não é mais um palavrão, e as empresas de gás e petróleo devem ficar atentas: alguém precisa pagar pela mudança em direção a um futuro mais verde, e faz mais sentido que a maior parte dos fundos venha do setor altamente lucrativo que é o maior responsável por nossa crise climática. Isso certamente faz mais sentido do que criar outra bolha perigosa resultante da comercialização de carbono.

Contudo, a crise que estamos presenciando demanda mudanças ainda mais profundas do que essa. O motivo pelo qual esses empréstimos podres puderam se proliferar não foi apenas porque os reguladores não entenderam o risco. Foi porque temos um sistema econômico que mede nossa saúde coletiva somente com base no crescimento do produto interno bruto. Enquanto os empréstimos podres estavam estimulando o crescimento econômico, nossos governos os apoiavam ativamente. Assim, o que realmente foi colocado em questão pela crise é o comprometimento inquestionável com o crescimento a qualquer custo. Na verdade, esta crise deveria nos levar a encontrar uma forma radicalmente diferente por meio da qual nossas sociedades possam mensurar saúde e progresso.

Nada disso, no entanto, acontecerá sem uma enorme pressão pública sobre os políticos neste período-chave. Não o lobby educado, mas um retorno às ruas e o tipo de ação direta que mostrou o caminho durante o New Deal, na década de 1930. Sem isso, teremos mudanças superficiais e um retorno, assim que possível, à velha forma de fazer negócios.

25 de março de 2009

Calvin (crítica)

24 de março de 2009

Incoerência católica

Por DRAUZIO VARELLA

Os males que a igreja causa em nome de Deus vão muito além da excomunhão de médicos

AOS COLEGAS de Pernambuco responsáveis pelo abortamento na menina de nove anos, quero dar os parabéns. Nossa profissão foi criada para aliviar o sofrimento humano; exatamente o que vocês fizeram dentro da lei ao interromper a prenhez gemelar numa criança franzina.

Apesar da ausência de qualquer gesto de solidariedade por parte de nossas associações, conselhos regionais ou federais, estou certo de que lhes presto esta homenagem em nome de milhares de colegas nossos.

Não se deixem abater, é preciso entender as normas da Igreja Católica. Seu compromisso é com a vida depois da morte. Para ela, o sofrimento é purificador: “Chorai e gemei neste vale de lágrimas, porque vosso será o reino dos céus”, não é o que pregam?

É uma cosmovisão antagônica à da medicina. Nenhum de nós daria tal conselho em lugar de analgésicos para alguém com cólica renal. Nosso compromisso profissional é com a vida terrena, o deles, com a eterna. Enquanto nossos pacientes cobram resultados concretos, os fiéis que os seguem precisam antes morrer para ter o direito de fazê-lo.

Podemos acusar a Igreja Católica de inúmeros equívocos e de crimes contra a humanidade, jamais de incoerência. Incoerentes são os católicos que esperam dela atitudes incompatíveis com os princípios que a regem desde os tempos da Inquisição.

Se os católicos consideram o embrião sagrado, já que a alma se instalaria no instante em que o espermatozoide se esgueira entre os poros da membrana que reveste o óvulo, como podem estranhar que um prelado reaja com agressividade contra a interrupção de uma gravidez, ainda que a vida da mãe estuprada corra perigo extremo?

O arcebispo de Olinda e Recife não cometeu nenhum disparate, agiu em obediência estrita ao Código Penal do Direito Canônico: o cânon 1398 prescreve a excomunhão automática em caso de abortamento.

Por que cobrar a excomunhão do padrasto estuprador, quando os católicos sempre silenciaram diante dos abusos sexuais contra meninos, perpetrados nos cantos das sacristias e dos colégios religiosos? Além da transferência para outras paróquias, qual a sanção aplicada contra os atos criminosos desses padres que nós, ex-alunos de colégios católicos, testemunhamos?
Não há o que reclamar. A política do Vaticano é claríssima: não excomunga estupradores.

Em nota à imprensa a respeito do episódio, afirmou Gianfranco Grieco, chefe do Conselho do Vaticano para a Família: “A igreja não pode nunca trair sua posição, que é a de defender a vida, da concepção até seu término natural, mesmo diante de um drama humano tão forte, como o da violência contra uma menina”.

Por que não dizer a esse senhor que tal justificativa ofende a inteligência humana: defender a vida da concepção até a morte? Não seja descarado, senhor Grieco, as cadeias estão lotadas de bandidos cruéis e de assassinos da pior espécie que contam com a complacência piedosa da instituição à qual o senhor pertence.

Os católicos precisam ver a igreja como ela é, aferrada a sua lógica interna, seus princípios medievais, dogmas e cânones. Embora existam sacerdotes dignos de respeito e admiração, defensores dos anseios das pessoas humildes com as quais convivem, a burocracia hierárquica jamais lhes concederá voz ativa.

A esperança de que a instituição um dia adote posturas condizentes com os apelos sociais é vã; a modernização não virá. É ingenuidade esperar por ela.
Os males que a igreja causa à sociedade em nome de Deus vão muito além da excomunhão de médicos, medida arbitrária de impacto desprezível. O verdadeiro perigo está em sua vocação secular para apoderar-se da maquinária do Estado, por meio do poder intimidatório exercido sobre nossos dirigentes.

Não por acaso, no presente episódio manifestaram suas opiniões cautelosas apenas o presidente da República e o ministro da Saúde.
Os políticos não ousam afrontar a igreja. O poder dos religiosos não é consequência do conforto espiritual oferecido a seus rebanhos nem de filosofias transcendentais sobre os desígnios do céu e da terra, ele deriva da coação exercida sobre os políticos.

Quando a igreja condena a camisinha, o aborto, a pílula, as pesquisas com células-tronco ou o divórcio, não se limita a aconselhar os católicos a segui-la, instituição autoritária que é, mobiliza sua força política desproporcional para impor proibições a todos nós.

23 de março de 2009

FHC





Brizola




E você Lula, quando vai tomar alguma atitude?

16 de março de 2009

Rancho de amor à Ilha



"Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar!

Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.

Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar..."

Zininho

11 de março de 2009

Igreja boa

“Ai dos que coam mosquitos e engolem camelos” (MT 23,24)

Nota Pública sobre as declarações do presidente do STF, Gilmar Mendes

A Coordenação Nacional da CPT diante das manifestações do presidente do STF, Gilmar Mendes, vem a público se manifestar.

No dia 25 de fevereiro, à raiz da morte de quatro seguranças armados de fazendas em Pernambuco e de ocupações de terras no Pontal do Paranapanema, o ministro acusou os movimentos de praticarem ações ilegais e criticou o poder executivo de cometer ato ilícito por repassar recursos públicos para quem, segundo ele, pratica ações ilegais. Cobrou do Ministério Público investigação sobre tais repasses. No dia 4 de março, voltou à carga discordando do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para quem o repasse de dinheiro público a entidades que “invadem” propriedades públicas ou privadas, como o MST, não deve ser classificado automaticamente como crime.O ministro, então, anunciou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual ele mesmo é presidente, de recomendar aos tribunais de todo o país que seja dada prioridade a ações sobre conflitos fundiários.

Esta medida de dar prioridade aos conflitos agrários era mais do que necessária. Quem sabe com ela aconteça o julgamento das apelações dos responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, (PA), sucedido em 1996; tenha um desfecho o processo do massacre de Corumbiara, (RO), (1995); seja por fim julgada a chacina dos fiscais do Ministério do Trabalho, em Unaí, MG (2004); seja também julgado o massacre de sem terras, em Felisburgo (MG) 2004; o mesmo acontecendo com o arrastado julgamento do assassinato de Irmã Dorothy Stang, em Anapu (PA) no ano de2005, e cuja federalização foi negada pelo STJ, em 2005.

Quem sabe com esta medida possam ser analisados os mais de mil e quinhentos casos de assassinato de trabalhadores do campo. A CPT, com efeito, registrou de 1985 a 2007, 1.117 ocorrências de conflitos com a morte de 1.493 trabalhadores. (Em 2008, ainda dados parciais, são 23 os assassinatos). Destas 1.117 ocorrências, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso. Ou aguardam julgamento das apelações em liberdade, ou fugiram da prisão, muitas vezes pela porta da frente, ou morreram.

Causa estranheza, porém, o fato desta medida estar sendo tomada neste momento. A prioridade pedida pelo CNJ será para o conjunto dos conflitos fundiários ou para levantar as ações dos sem terra a fim de incriminá-los? Pelo que se pode deduzir da fala do presidente do STF, “faltam só dois anos para o fim do governo Lula”… e não se pode esperar, “pois estamos falando de mortes” nos parece ser a segunda alternativa, pois conflitos fundiários, seguidos de mortes, são constantes. Alguém já viu, por acaso, este presidente do Supremo se levantar contra a violência que se abate sobre os trabalhadores do campo, ou denunciar a grilagem de terras públicas, ou cobrar medidas contra os fazendeiros que exploram mão-de-obra escrava?

Ao contrário, o ministro vem se mostrando insistentemente zeloso em cobrar do governo as migalhas repassadas aos movimentos que hoje abastecem dezenas de cidades brasileiras com os produtos dos seus assentamentos, que conseguiram, com sua produção, elevar a renda de diversos municípios, além de suprirem o poder público em ações de educação, de assistência técnica, e em ações comunitárias. O ministro não faz a mesma cobrança em relação ao repasse de vultosos recursos ao agronegócio e às suas entidades de classe.

Pelas intervenções do ministro se deduz que ele vê na organização dos trabalhadores sem terra, sobretudo no MST, uma ameaça constante aos direitos constitucionais.

O ministro Gilmar Mendes não esconde sua parcialidade e de que lado está. Como grande proprietário de terra no Mato Grosso ele é um representante das elites brasileiras, ciosas dos seus privilégios. Para ele e para elas os que valem, são os que impulsionam o “progresso”, embora ao preço do desvio de recursos, da grilagem de terras, da destruição do meio-ambiente, e da exploração da mão de obra em condições análogas às de trabalho escravo. Gilmar Mendes escancara aos olhos da Nação a realidade do poder judiciário que, com raras exceções, vem colocando o direito à propriedade da terra como um direito absoluto e relativiza a sua função social. O poder judiciário, na maioria das vezes leniente com a classe dominante é agílimo para atender suas demandas contra os pequenos e extremamente lento ou omisso em face das justas reivindicações destes. Exemplo disso foi a veloz libertação do banqueiro Daniel Dantas, também grande latifundiário no Pará, mesmo pesando sobre ele acusações muito sérias, inclusive de tentativa de corrupção.

O Evangelho é incisivo ao denunciar a hipocrisia reinante nas altas esferas do poder: “Ai de vocês, guias cegos, vocês coam um mosquito, mas engolem um camelo” (MT 23,23-24).

Que o Deus de Justiça ilumine nosso País e o livre de juízes como Gilmar Mendes!

Goiânia, 6 de março de 2009.

Dom Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges
Presidente da Comissão Pastoral da Terra"

6 de março de 2009

A polêmica igreja católica

Engraçado como alguns temas voltam com grande regularidade aos jornais. A “novidade” da semana é a questão do aborto.


Para quem não acompanha os jornais (sortudos!), um breve resumo:

Uma menina de nove anos foi violentada pelo padrasto e engravidou; a menina foi então encaminhada ao hospital da cidade onde foi feito o aborto, conforme a lei brasileira permite.


Até esse ponto, qual a novidade? Nenhuma, pois isso ocorre diariamente em qualquer lugar, em qualquer país, o que muda é se o procedimento é feito de forma legal ou não, e nesse caso especifico, a diferença foi a grande repercussão que o caso ganhou na imprensa (que adora uma história macabra).


Mas eis que aparecem os conservadores...

No caso, representados pelo arcebispo de Olinda e Recife, que foi categoricamente contrário ao aborto e após a consumação do mesmo, excomungou a mãe da menina (que autorizou o procedimento) e toda a equipe médica. (o padrasto??? Esse ele não excomungou)

Uau! Quando se trata de mostrar o lado mais hipócrita da sociedade, as igrejas nunca falham. Graças a deus que a inquisição é coisa do passado, não é seu padre?


Não se trata nem de discutir a legalização do aborto ou não, tema que abordarei no futuro, trata-se de algo previsto e permitido pela constituição brasileira: aborto em caso de estupro, má formação fetal ou risco a mulher é permitido por lei. E estamos falando de uma menina de 9 anos!!!


Creio que Marcelo Nova poderia fazer uma visita a esse arcebispo e cantar:


“(...)Você só tem que confessar
Pedir a Deus pra perdoar
Não tento atos de heroísmo
Mea culpa
Mea culpa
Mão fechada do catolicismo(...)”


letra completa (clique aqui)



ps. na igreja católica também tem muita coisa boa, vide CEBs, Teologia da Libertação, Leonardo Boff, Frei Beto etc

4 de março de 2009

2 de março de 2009

Hobbes realista

Obama e o PIG americano

clique aqui