8 de março de 2010

Piracicaba - parte 6

Expansão e diversificação industrial (1950-1970)


O ritmo do aparecimento de novas indústrias em Piracicaba se acelerou na década de 1940, se intensificou nos anos 1950, e atingiu seu máximo nas décadas de 1960 e 1970. Esse crescimento dos novos estabelecimentos industriais na cidade ocorreu em diversos ramos, se mostrando mais intenso na metalurgia, seguido pela indústria mecânica e química.

Além dos ramos que se destacaram, ocorreu também um aumento nas fábricas ligadas aos setores de calçados, imobiliária, confecções, de madeira, e o surgimento de novos setores, como de material elétrico, comunicações, e de papel e papelão, o qual assumiu grande importância no município.

Muitos desses novos empreendimentos estavam geneticamente ligados as demandas e disponibilidade de matéria-prima da produção do açúcar, do álcool e do aguardente, pois atendiam certas necessidades do setor (indústria mecânica, química etc) , ou utilizavam a produção e/ou refugos das fábricas como matéria-prima (indústria de celulose e papel, alimentícia etc.) Na obra de SAMPAIO (1973, p.101), encontramos um gráfico que sintetiza muito bem as relações genéticas e funcionais entre a cultura da cana e a indústria local.



O desenvolvimento de Piracicaba acompanhou a intensificação da industrialização brasileira e paulista, que nacionalizava, a cada ciclo econômico, diversos setores manufatureiros. Esse processo deu origem a um grande mercado consumidor na metrópole paulista, que demandava desde bens de consumo direto da população até matérias-prima e equipamentos para as novas indústrias.

A conjuntura econômica e política favorável à industrialização, juntamente com o promissor mercado interno, teriam grande influencia no processo de diversificação industrial de Piracicaba, liderado majoritariamente por capitais locais. A atuação de capitais nacionais e internacionais na instalação de novos estabelecimentos foi reduzida até 1970, os quais atuavam com maior interesse apenas na aquisição de empresas locais já bem estabelecidas no mercado.

A industrialização provocou à expansão demográfica e o desenvolvimento de outras atividades, como o comércio e os serviços, que transformaram a cidade em um centro urbano relativamente grande, que já possuía uma infra-estrutura atraente para a instalação de novas indústrias e a para investimentos externos, que chegariam com força nas décadas seguintes.